sábado, 31 de janeiro de 2009

Olha que blog maneiro!


Galera, recebi um selo do blog Prato do Dia (http://taynalu.blogspot.com/), e gostaria de agradecer. É uma chance de haver interação entre blogs que possuem uma identidade em comum, e acredito que toda forma de divulgação honesta é valida.


As regras são:

1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que você acabou de ganhar!

2- Poste o link do blog que te indicou.

3- Indique 10 blogs de sua preferência.

4- Avise seus indicados.

5- Publique as regras.

6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.

7- Envie sua foto ou de um(a) amigo (a) para olhaquemaneiro@gmail.com, juntamente com os 10 links dos blogs indicados para vericação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.

Os indicados são:

Pseudo Artes - http://pseudoartes.blogspot.com/
I'd Rather Dance With - http://evefelix.blogspot.com
Dé Cheers's Blog - http://livreiniciativa.wordpress.com/
West 4 Up - http://www.west4up.blogspot.com/
Bárbara Farias - http://barbarafarias.blogspot.com/
Star Dust - http://sttardust.blogspot.com/
Letras e Harmonia - http://letraseharmonia.blogspot.com/
Palavras ao Ventos - http://verdadesentrementiras.blogspot.com/
Assunto Popular Brasileiro - http://assuntopopularbrasileiro.blogspot.com/
Who Cares? - http://www.whocaresveiga.blogspot.com/

Novas postagens e novidades em breve.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mallu Who?

No dia em que completava 15 anos de idade, Mallu Magalhães pediu aos seus familiares que todos os presentes lhe fossem dados em dinheiro. Dessa forma, a pequena-prodígio pôde comprar o equipamento necessário para gravar algumas de suas músicas, cantadas em inglês, e virar sucesso instantâneo na rede. Sucesso esse que rapidamente se expandiu para a mídia impressa e televisão, levando a garota a ser o grande destaque no meio 'indie-hype', que está em alta graças ao sucesso de bandas como CSS (Cansei de Ser Sexy) e Vanguart.

Mas Mallu Magalhães é diferente. A menina não só é um sucesso por sua música, mas também por sua personalidade excêntrica, ampliada pelos holofotes televisivos. Mallu alterna entre momentos de extrema infantilidade, à momentos de aparente maturidade intelectual, de forma quase que instantânea. Impressionante. O comportamento, que há tempos atrás seria esquisito, hoje, para alguns, já significa um traço de genialidade da garota. De fato, é tênue a linha que separa a genialidade da idiotisse.

A superexposição feita pela mídia em torno da Mallu, criando rótulos em torno de sua imagem, é algo que, ao mesmo tempo em que potencializa seus gostos incomuns, pode ser bastante nocivo para seu futuro. É bom não esquecer que estamos falando de uma adolescente, que não tem maturidade suficiente para lidar com toda essa pressão que se forma à seu redor. Não sei até que ponto é benéfico para alguém, tão jovem, ler um livro psicologicamente pesado como "Cartas de Van Gogh" - como Mallu declarou ter lido; ou cantar uma música tão densa como "Música Urbana 2" - do Legião Urbana - como cantou no Prêmio Multishow. É um excesso de informação muito precoce ao qual ela é submetida.

Musicalmente falando, a cantora não demonstrou ainda nada que justificasse todo esse reboliço. Ela ainda oscila muito em afinação, o que, em algumas apresentações, chega a ser desastroso. Falta também algum elemento novo em sua música, já que ela não terá 16 anos pra sempre, e toda essa agitação sobre a menina terá, em breve, que se justificar sob elementos artísticos, o que ainda não acontece. Por enquanto, ela é apenas uma menina 'engraçadinha' que faz música 'legalzinha'. Faço ressalvas à produção de Mario Caldato Jr. e à banda de apoio - escolhidas à dedo para o primeiro álbum de Mallu Magalhães - que chegam, se não a dar a consistência necessária, pelo menos a tornar mais apresentáveis suas músicas.

Ao mesmo tempo que é louvável a fidelidade dos fãs à garota, é deveras onerosa a missão que está sendo dada a ela. De repente, alguém que há pouco tempo juntava sua mesada para comprar seus discos, ganha ares, quase messiânicos, de salvadora da MPB. Muita calma. Estamos diante de uma garota acima da média, com um grande potencial, mas que ainda tem muito à provar. E espero que prove. Para o bem da música. Para o bem da arte.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Créu pra vocês

Eu não sou daqueles que se acham no direito de críticar - com argumentos vazios, só para bancar de espertão - as 'produções artísticas enlatadas' e, muito menos, quem se diverte com elas. Antes de qualquer coisa, acredito que música, cinema, televisão e literatura devem estar, também, à serviço do entretenimento barato. Sim, falo do entretenimento em sua forma mais banal mesmo. Reunir os amigos para assistir um filme pastelão e jogar pipoca na fileira da frente é muito bom. Às vezes, o que mais queremos é apenas aliviar o stress da caótica metrópole. Até o cérebro precisa de descanso.

Mas, como dizia o poeta, tudo o que é em excesso faz mal. E, neste caso, tem gente esquencendo seus cérebros. Coitados. Se fosse possível tirar o cérebro da cabeça, aposto que teriam muitos jogados ao lado de discos de jazz e livros de filosofia, em algum desses pontos que ninguém visita por aí. 'Créu' deixou de ser entretenimento, virou modelo cultural. Para alguns ainda é estilo de vida. E não há como escapar disso: se você não sai dando 'créu' em todo mundo, a vida vem e dá um 'créu' em você. You're in the jungle, baby!

Hoje os maiores fabricantes de artistas são os cirurgiões plásticos. A protagonista é a bunda. E a arte que ela vem produzindo para o mundo é proporcional àquela que ela produz no banheiro. Pensando bem, é genial: é a representação fiel de tudo que mais vem acontecendo por aí.

O fato é que a cultura tem fins muito nobres; nos instiga a pensar, a fugir da alienação imposta pelas longas jornadas de trabalho e da mídia manipulada à gosto de quem está lá em cima. A música no Brasil, por exemplo, foi a porta-voz de diversos movimentos populares. Muitos foram exilados, teve gente que morreu. Mas graças à estes, que impulsionaram o bravo povo, devemos nossa liberdade. Sim, eu devo à eles o ato de escrever aqui hoje.

Enfim, os frutos da alienação cultural não tardam à aparecer: caos nos serviços públicos, assistidos de camarote, por quem mal sabe o que está acontecendo; como se estivessem assistindo à uma partida de rugby, achando tudo chato, mas sem saber porque o jogo para toda hora. O brasileiro está cansado. Mas está tão cansado que mal tem disposição pra se informar do que acontece lá fora. Está descrente de si. Mas, no fundo, ele sabe que a luta é interminável e que o melhor negócio é 'esquecer os problemas' - como tanto prega uma cantora por aí. Mas toda a poeira ainda está lá, debaixo do tapete, conquistando seu espaço; o seu, o meu e o de todos nós.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Michael Kiske - Kiske (2006)

Partindo do nome, passando pela capa, e chegando ao tracklist, é possível ter uma definição exata do que é o álbum, mesmo sem sequer tirá-lo da caixinha. O eterno ex-vocalista do Helloween consegue transformar em música tudo o que vem declarando há anos na imprensa musical; desde o desprezo à atual indústria fonográfica - que, segundo Kiske, dogmatiza a arte, censurando assim a liberdade do artista - e até mesmo seu lado espiritual, onde ele abre sua fé, focada no Cristianismo, e em tudo aquilo que acredita ser o significado moral da vida.

Ao colocar o cd pra tocar, percebe-se, no som, a mesma serenidade sentida na capa e no trabalho gráfico do álbum em geral - belíssimo por sinal. Apesar do alemão estar afastado da cena metal há mais de 15 anos, este é o primeiro trabalho dele, desde então, onde foram abolidas as guitarras pesadas; estas, que dão lugar às guitarras suaves de Sandro Giampietro. Suaves, sim. Porém, não menos marcantes.

A voz do lendário vocalista - que, na época da gravação, já beirava os 40 anos - está em plena forma, passando a impressão de que amadureceu bastante em relação à voz de moleque prodígio que tinha no começo de carreira. Kiske canta de forma mais amena que o de costume, assim como manda o figurino, mas não menos impecável. Aqui não há demonstrações desnecessárias de potência vocal, porém nem por isso ela deixa de existir: vocalistas irão se deliciar em faixas como 'The King Of It All' e 'All-Solutions'.

No final, temos a impressão de que Michael Kiske, apesar de sua irregular carreira, seja talvez um dos músicos que mais preza pela música como arte, não somente como produto mercadológico. Ele parece rejeitar o título de ídolo dos vocalistas de metal e porta-se como alguém em constante busca por sua verdade, como todos nós, usando de sua música como ferramenta. Ouvir 'Kiske' é mais do que ouvir música. É um processo de auto-conhecimento.

Michael Kiske – Kiske
(2006 - Frontiers Records / Hellion Records - nacional)

01. Fed By Stones
02. All-Solutions
03. Knew I Would
04. Kings-Fall
05. Hearts Are Free
06. The King Of It All
07. Sing My Song
08. Silently Craving
09. Truly
10. Painted
11. Sad As The World

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Blog é coisa de desocupado

Já dizia Diogo Mainardi - o jornalista queridinho das comunidades do orkut - em uma coluna, citando e endossando Ivan Lessa: "Acabou aquela história de escrever palavrão nas paredes dos mictórios públicos. Blogueia-se, ao invés". E ainda vai mais longe, associando os blogueiros "àqueles tipos estranhos, infelizes e solitários, que escreviam para os jornais e revistas parabenizando pela reportagem ou indignados com a permanência na equipe do colunista Fulano de Tal". Quando leio isso, penso sempre no que o, sempre doce, jornalista pensa dos leitores de blog ou até mesmo de seus próprios leitores.

Quero passar longe de um discursinho clichê ou coisa parecida, mas me surpreendo com a capacidade que estes 'masturbadores do intelecto' possuem para rotular qualquer coisa. Há alguns anos atrás - na ocasião do assassinato de Dimebag Darel, ex-guitarrista do Pantera - Arnaldo Jabor disseminou sua ira não ao assassino, mas à música tocada pela banda de Heavy-Metal, que, segundo ele, incentiva este tipo de ação. Homens de preto, cuidado, vocês são assassinos em potencial.

Os 'intelectualóides sabe-tudo' da mídia não são os únicos a criar estereótipos e influênciar nossa sociedade. Infelizmente, pois estes ainda sabem alguma coisa. Tem gente que não sabe nada mesmo e está a criar moda por aí. Não deve ser legal ser gordo em uma sociedade que prega 'corpinhos sarados para o verão' de maneira quase religiosa. Por outro lado, ser dono de academia me parece um ótimo negócio.

Tatuagem parece ser algo bacana também. A maioria das 'pessoas-cool' hoje em dia tem tatuagem. Eu também acho isso um máximo; principalmente aqueles que tatuam frases bacanas em línguas que ninguém entende, nem o próprio tatuado. Isso sim é exemplo de coragem. O cidadão pode estar com um pinto em japonês nas costas, sem sequer perceber. Se bem que isso se deve também, em parte, à fama dos japas.

O fato é que nem todo blogueiro é desocupado, nem todo advogado é picareta e nem todo músico é vagabundo. Só não consigo ter a mesma compaixão com os políticos; já que a cara de pau é pré-requisito pra carreira.

Por isso, gordos, magros, tatuados e até mesmo blogueiros desocupados: sintam-se a vontade para ler este post. Eu não rotulo ninguém. Mas aqui fica o aviso: quem não comentar, a mãe tá na zona.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Guns N' Roses - Chinese Democracy (2008)

O novo álbum do Guns N' Roses é um paradoxo. Sua proposta é claramente diferente de tudo que vem sendo feito no rock ultimamente. Mas fica difícil adjetivar de surpreendente um álbum insistentemente anunciado há mais de 10 anos, que tinha mais da metade de suas músicas vazadas na web. É um álbum inovador que já nasceu velho.

O GNR também já não é mais o mesmo de outrora. A banda agora conta apenas com Axl Rose, vocalista, de sua formação original. Apesar disso, mantém o nome. Ou seja, é o Guns N' Roses, mas não é bem aquele, e sim outro. Confuso?!

Esquecendo todas as polêmicas e voltando a atenção às músicas, é agradável a sensação ao ouvir Chinese Democracy. Axl Rose mostra que, nos anos de auto-exílio da mídia, não ficou parado no tempo e pesquisou por sonoridades diferentes. Ele amadureceu, o que é um alívio. Seria duro ver um Axl quarentão pulando de saia por aí.

O álbum apresenta momentos apoteóticos mesclados com a modernidade dos loops eletrônios de bateria. Não há como passar batido por faixas empolgantes como 'Shackler's Revenge' e 'Better'. Os pianos também fazem presença marcante em Chinese Democracy, forte herança dos Use Your Illusions

As guitarras deste álbum também estão muito acima da média. Os timbres vão além da velha combinação Les Paul-Marshall, e aproximam-se muito do que vem se ouvindo no new-metal. Com o diferencial dos virtuosos guitarristas que participaram das gravações e proporcionaram solos que, se não são épicos como os de Slash em November Rain, são, no mínimo, de muita competência e bom gosto. Momentos como esse podem ser observados em faixas como 'There Was a Time' e 'Street Of Dreams'.

Por outro lado, as extravagâncias de Axl acabaram por fazer o álbum pecar pelo excesso de produção. Vale ressaltar que foram gastos, em média, 14 milhões de dólares na produção deste, que já é considerado o álbum mais caro da história. Músicas com um grande potencial, como 'Madagascar' e 'Chinese Democracy' poderiam ser melhor aproveitadas com uma produção mais simples, sem tantos efeitos e dobras nos vocais.

Excessos e preciosismos à parte, Chinese Democracy traz uma proposta diferente do que anda tocando por aí, e o faz com muita competência. Se valeram ou não os 14 anos de espera, depende muito de quem está ouvindo. Há até um lado muito interessante nessa história, já que a polêmica faz parte do mundo do rock, e o Guns N' Roses - chefiado sempre por Axl Rose - provou que é mestre nisso. Mas alguém por favor avise ao Axl que já deu. Afinal, ninguém quer esperar mais 14 anos para vê-los tocando ao vivo.

Institucional: Papo e Melodia/2009

Salut mes amis. Je suis ici pour pratique avec vous.
Est-ce que ce forum será agité!?

Au revoir.
Tyler