Polêmicas à parte, Michael Jackson foi o maior ícone da industria do entretenimento de todos os tempos. O garoto que já esbanjava talento desde pequeno no Jackson 5 - assumindo a frente da banda, mesmo sendo o menor entre os irmãos - cresceu e simplesmente reiventou a forma de fazer música. Criou o conceito do videoclipe como uma espécie de curta-metragem em 'Thriller' - álbum que, por sinal, foi o mais vendido da história; criou coreografias complexas e transformou shows de música em espetáculos audiovisuais. Dizer que era um grande compositor e tinha uma voz poderosíssima é mero detalhe perto de tantos feitos.
Agora, tratando-se de polêmicas, Michael também foi mestre. Falar das presepadas de Amy Winehouse com as drogas é fichinha. O rei do pop conseguiu mudar de cor, ficar sem nariz, casar com a filha de Elvis, comprar o catálogo dos Beatles, brigar com McCartney, quase jogar o filho da janela, entre tantos outros escândalos.
O cantor era problemático? Era culpado de tantas acusações que fizeram a ele? Não podemos julgar. Mesmo sendo o mais pop do mundo, Michael Jackson era enigmático. E esse era o segredo de tanta especulação sobre ele; afinal, ninguém se interessaria em saber mais sobre alguém que nada esconde.
No final, a única coisa que nos sobra para falar com propriedade sobre o gênio da música/dança/artes, é sobre seu trabalho. Sendo assim, o que restam são aplausos.
Vá com Deus, Michael Jackson.
domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
Top 5: O underground do pop
Riffs empolgantes, refrões grudentos e altas doses de baladinhas. Parece ser essa a fórmula do sucesso adotada por grandes popstars, que emplacaram no cenário mainstream da música. Porém, nem todos conseguiram o tão sonhado sucesso comercial seguindo essa fórmula. Muitos sobrevivem de seu público selecto ou, até mesmo, chegaram a abandonar de vez a música.
Baseado nisso, elaborei uma lista de cinco álbuns os quais, se não foram injustiçados, ao menos deixaram de ser reconhecidos da forma que mereciam.
5. Jay Vaquer - Você não me conhece
Jay Vaquer é um dos poucos artistas do cenário pop/rock nacional atualmente que apresenta alguma relevância artística em suas obras. É o caso de 'Você não me conhece', que possui letras com alto teor crítico como 'Cotidiano de um casal feliz', que cita pedofilia, traição, e questiona os valores que são definidos como normalidade por nossa sociedade. Apesar de letras fortes, o álbum parece buscar apelo comercial em sua produção; as guitarras aparecem bem tímidas, sem o peso que algumas músicas parecem pedir. Enfim, de qualquer forma, o cd é um oasis no meio do deserto de criatividade no rock nacional.
4. Maria Mena - White Turns Blue
Maria Mena é uma cantora norueguesa bastante jovem, apenas 23 anos; mas nem por isso é inexperiente, já possuindo 5 álbuns no currículo. Neste play, ela demonstra grande sensibilidade artística, ao mesmo tempo que demonstra intimidade com melodias pop. Faixas como 'You're the Only One' e 'Just A Little Bit' possuem grande potêncial radiofônico. Curiosamente, não foram suficientemente exploradas no cenário internacional, sendo assim a cantora pouco conhecida no Brasil.
3. Mark Free - Long Way From Love
Mark Free foi vocalista do 'King Kobra', grupo glam dos anos 80 que, diga-se de passagem também não emplacou. Pura falta de sorte. Os vocais de Mark Free são poderosíssimos e cheios de sentimento. A produção da cd segue à risca a linha pop dos anos 80, repleto de sintetizadores. Vale ressaltar: este foi o único álbum solo do vocalista; pelo menos enquanto homem. Há pouco mais de 10 anos ele mudou de sexo, e hoje se chama Marcie Free.
2. Richie Kotzen - Change
Richie Kotzen é um absurdo. Canta demais e, como se não bastasse, toca demais. Ainda mais: gravou todos os instrumentos do álbum. Kotzen é bastante reconhecido por guitarristas, por ter gravado com Greg Howe e tocado com o Poison, na turnê do Native Tongue. Neste cd, o título Change - em português, mudança - já indica o que estaria por vir. O até então conhecido guitarrista, passa a cantar sobre belas melodias de pop/rock. Para os amantes de bandas como o Audioslave, está aí um prato cheio.
1. Michael Kiske - Kiske
Michael Kiske é talvez o mais famoso vocalista de Power Metal (Metal Melódico), justamente por ter cantado na banda fundadora do estilo, o Helloween. Mas, o que poucos conhecem, é que a carreira solo do vocalista segue uma direção completamente diferente. Neste cd, autointitulado, as guitarras são poupadas em detrimento de harmonias levadas no violão e belas passagens de violino, como em 'The King Of It All'. Para quem gosta de pancada, lembro que o cd segue a direção oposta; despertando sentimentos de serenidade e paz interior. O alemão, neste álbum, parece ter encontrado definitivamente sua direção musical. Um dos cds mais originais dos últimos tempos.
PS. Post originalmente publicado em 30/03, para o Grupo JOR de comunicação.
Baseado nisso, elaborei uma lista de cinco álbuns os quais, se não foram injustiçados, ao menos deixaram de ser reconhecidos da forma que mereciam.
5. Jay Vaquer - Você não me conhece
Jay Vaquer é um dos poucos artistas do cenário pop/rock nacional atualmente que apresenta alguma relevância artística em suas obras. É o caso de 'Você não me conhece', que possui letras com alto teor crítico como 'Cotidiano de um casal feliz', que cita pedofilia, traição, e questiona os valores que são definidos como normalidade por nossa sociedade. Apesar de letras fortes, o álbum parece buscar apelo comercial em sua produção; as guitarras aparecem bem tímidas, sem o peso que algumas músicas parecem pedir. Enfim, de qualquer forma, o cd é um oasis no meio do deserto de criatividade no rock nacional.
4. Maria Mena - White Turns Blue
Maria Mena é uma cantora norueguesa bastante jovem, apenas 23 anos; mas nem por isso é inexperiente, já possuindo 5 álbuns no currículo. Neste play, ela demonstra grande sensibilidade artística, ao mesmo tempo que demonstra intimidade com melodias pop. Faixas como 'You're the Only One' e 'Just A Little Bit' possuem grande potêncial radiofônico. Curiosamente, não foram suficientemente exploradas no cenário internacional, sendo assim a cantora pouco conhecida no Brasil.
3. Mark Free - Long Way From Love
Mark Free foi vocalista do 'King Kobra', grupo glam dos anos 80 que, diga-se de passagem também não emplacou. Pura falta de sorte. Os vocais de Mark Free são poderosíssimos e cheios de sentimento. A produção da cd segue à risca a linha pop dos anos 80, repleto de sintetizadores. Vale ressaltar: este foi o único álbum solo do vocalista; pelo menos enquanto homem. Há pouco mais de 10 anos ele mudou de sexo, e hoje se chama Marcie Free.
2. Richie Kotzen - Change
Richie Kotzen é um absurdo. Canta demais e, como se não bastasse, toca demais. Ainda mais: gravou todos os instrumentos do álbum. Kotzen é bastante reconhecido por guitarristas, por ter gravado com Greg Howe e tocado com o Poison, na turnê do Native Tongue. Neste cd, o título Change - em português, mudança - já indica o que estaria por vir. O até então conhecido guitarrista, passa a cantar sobre belas melodias de pop/rock. Para os amantes de bandas como o Audioslave, está aí um prato cheio.
1. Michael Kiske - Kiske
Michael Kiske é talvez o mais famoso vocalista de Power Metal (Metal Melódico), justamente por ter cantado na banda fundadora do estilo, o Helloween. Mas, o que poucos conhecem, é que a carreira solo do vocalista segue uma direção completamente diferente. Neste cd, autointitulado, as guitarras são poupadas em detrimento de harmonias levadas no violão e belas passagens de violino, como em 'The King Of It All'. Para quem gosta de pancada, lembro que o cd segue a direção oposta; despertando sentimentos de serenidade e paz interior. O alemão, neste álbum, parece ter encontrado definitivamente sua direção musical. Um dos cds mais originais dos últimos tempos.
PS. Post originalmente publicado em 30/03, para o Grupo JOR de comunicação.
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