domingo, 5 de julho de 2009

Propaganda subliminar ou cara de pau?

Mesmo com fortes restrições a propaganda e com uma imensa alíquota tributária em seus produtos, a industria do tabaco continua forte e faturando muito. Já é sabido que, no ínicio da década, foram proibidos anuncios televisivos e impressos fazendo referência a cigarros. A indústria também foi obrigada a colocar imagens de pulmões podres e fetos mortos atrás dos maços. Mas pra tudo se dá um jeito.

A foto abaixo foi tirada por mim, na academia do meu prédio. Note a clara referência da marca de cigarros 'Free' em um dos aparelhos.





















A fonte utilizada é a mesma. A única diferença consiste no fato de, no maço, o logotipo estar em italico. O que não impede, de forma alguma, a associação à primeira vista dos dois.

É claro o motivo pelo qual eles investem tanto em esportes. Passa a sensação de algo saudável, mesmo que inconscientemente. A industria do tabaco era a maior investidora da Formula 1. E, parem pra pensar, a corrida tem tudo a ver com o ato de fumar. Passa-se a idéia de que o prazer supera os riscos envolvidos.

Aliás, até hoje a Ferrari possui apoio da Phillip Morris - maior fabricante de cigarros do mundo. Notem que, até hoje, o antigo espaço da Marlboro não foi preenchido. Em países que não fazem restrições à publicidade do tabaco, os bonés da Ferrari com o logo Marlboro ainda circulam por aí.

Carro da Ferrari em 2004 e 2009 respectivamente. Note que os espaços destinados à Marlboro ainda permanecem fazendo referência a marca.
























Mesmo anos após a proibição dos anúncios, Felipe Massa, tido no ano passado como um dos heróis nacionais do esporte, continuava a exibir os logotipos da Marlboro em locais onde a legislação permitia.













Para a indústria do tabaco e, não sejamos hipócritas, para toda e qualquer instituição capitalista, isso não é propaganda subliminar, tampouco cara de pau. São negócios. Nada pessoal.