quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Politicagem e instinto coletivo

O ano começa tenso nos noticiários. Enchentes e nevascas tomam conta dos mais variados meios de venda de exploração da tragédia alheia comunicação pelo país. Em Angra dos Reis, a contagem do número de corpos torna-se mais importante do que mobilizar soluções pontuais aos problemas, que agora são grandes na região. Enquanto isso, o telespectador lamenta. Ao menos, até o momento da primeira colherada no jantar.

O fato é que nosso planeta está adoecendo aos poucos. Convenções que mobilizam grandes líderes mundiais para tratar de temas que envolvem essas questões, não chamam a menor atenção da mídia sensacionalista. Eles querem mais é ver o circo pegar fogo. É difícil admitir isso, mas há aqueles que torcem pela tragédia.
  
Sabendo agora que a mídia só se manifesta em questões que envolvam comoção popular e, consequentemente, lucro, quais os meios que temos para mudar esse pensamento e fazer algo de bom por nós mesmos? Política. Mas aqueles, que deveriam ser os agentes da transformação, acham política chato. Eu vos digo: Todos nós fomos "programados" durante anos para achar política chato. E isso é um pensamento coletivo que interessa a quem está no poder. Os deputados de Brasília, andando em seus carros importados e comendo em restaurantes caros, que vos digam!

O fato é que todas as coisas perderam seu significado, para girar em torno do mercado. Nem a data de nascimento de Jesus Cristo foi poupada disso. Nós deixamos de sentir e passamos a consumir tragédia, comédia, amor, louvor. E é triste ver como nos tornamos operários desse sistema. Mas não se esqueçam, o Carnaval está aí, hein?