Pois é essa a frase que venho utilizando ultimamente para quando, de tempos em tempos, tenho de prestar contas com a minha consciência. Não de forma leviana, como um auto-indulto, mas por acreditar sinceramente e apaixonadamente em uma filosofia de vida. Pensem vocês: Que valor teria a honestidade caso não existisse a traição? O que seria o amor sem o ódio? Quanto maior o contraste de valores, maior a intensidade do choque que ele provoca, seja para o bem, seja para o mal. Quando não se conhece o salgado, o doce não é tão doce. Perde-se o parâmetro, e logo, a razão.
Muitos se apoiam na moral como justificativa para o próprio comodismo - há um tempo atrás, eu diria que são todos - hoje, não sei. Aliás, descobri que sei muito pouco. Aquele que não sabe o que quer, e, quando sabe, nunca encontra o meio certo pra se chegar ao objetivo. Por vezes, não me reconheço; não te reconheço. É difícil enfrentar um inimigo quando mal se sabe quem são seus aliados.
Enquanto isso, assisto a glorificação das drogas, sexismo, briga por poder e toda a busca incessante pelo prazer sem nenhum freio moral. Por vezes aplaudo, por vezes repudio, outras participo.
Enfim, desabafei.
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Homem médio
O homem médio é aquele que tem uma bonita família, com quem sempre vai ao shopping e, ocasionalmente, viaja. É aquele que cuida da aparência e só come alimentos saudáveis. Sua cultura se divide entre os CD's da moda e os best-sellers das livrarias, que ensinam como ser um vencedor.
É religioso. Sempre que possível, vai à igreja e pede o bem de todos, mesmo que, na prática, não contribua em nada com a sociedade e todos que o cercam. Está sempre com a consciência tranquila, pois paga seus impostos em dia.
O homem médio é politicamente correto. Não aprecia humor negro, pois com coisa séria não se brinca. Mas vive a rir de gays e gordos.
O homem médio é vaidoso. Vai para academia e compra discos da moda com o único intuito de causar boa impressão. É, acima de tudo, adepto das tendências.
Reflitam sobre esta espécie em expansão.
É religioso. Sempre que possível, vai à igreja e pede o bem de todos, mesmo que, na prática, não contribua em nada com a sociedade e todos que o cercam. Está sempre com a consciência tranquila, pois paga seus impostos em dia.
O homem médio é politicamente correto. Não aprecia humor negro, pois com coisa séria não se brinca. Mas vive a rir de gays e gordos.
O homem médio é vaidoso. Vai para academia e compra discos da moda com o único intuito de causar boa impressão. É, acima de tudo, adepto das tendências.
Reflitam sobre esta espécie em expansão.
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domingo, 9 de agosto de 2009
Levando fumo
Com o vigor da lei anti-fumo no estado de São Paulo, o assunto voltou a entrar em evidência na mídia e nas rodas de conversa. Fumar nunca esteve tão fora de moda, pois a população, no geral, aprovou a medida do governo. Até mesmo alguns fumantes concordaram em diminuir com o cigarro para, finalmente, parar de fumar.
Porém, há ainda aqueles que não concordam com a lei e tenho a honra de dizer que sou um deles. Como bom fumante (passivo), vejo as campanhas do governo como papo pra bobo. Eles dizem que a lei não está aí para cercear a liberdade dos fumantes, mas sim para promover um direito a melhor saúde da população. Oras, conta outra, sabemos dos males do cigarro há muito tempo. A indústria do cigarro teme as indenizações milionárias, assim como o governo não dá conta dos atendimentos em seu sistema de saúde - que, diga-se de passagem, não dá conta nem de gripe.
Eu, como legislador, então iria instituir a lei a favor do fim do carnaval. Afinal, o carnaval promove uso indiscriminado de drogas, acidentes de trânsito, alto índice de transmissão de doenças como HIV, sem contar o fato de que várias crianças sem pais são geradas nessa época. Os males são muito maiores que os do cigarro. Afinal, quem fuma, fuma porque quer. Se morrer, meus pêsames. As altas taxas de impostos inclusas no preço do cigarro cobririam tranquilamente as despesas que o governo teria com saúde, sendo destinadas para o lugar certo. Pra resolver o problema de quem não fuma, é só traçar uma divisão no ambiente entre fumantes e não fumantes. Pronto, problema resolvido.
Pode parecer contraditório esse meu texto, já que, há algumas semanas, havia escrito outro criticando a indústria do tabaco. Mas, acima de tudo, sou a favor da liberdade. Hoje só se engana quem quer ser enganado. A informação está bem clara. E lembrem-se: a ditadura não se estabelecer de uma hora pra outra. Essas atitudes cerceiam a liberdade do cidadão. E ele nem percebe.
Porém, há ainda aqueles que não concordam com a lei e tenho a honra de dizer que sou um deles. Como bom fumante (passivo), vejo as campanhas do governo como papo pra bobo. Eles dizem que a lei não está aí para cercear a liberdade dos fumantes, mas sim para promover um direito a melhor saúde da população. Oras, conta outra, sabemos dos males do cigarro há muito tempo. A indústria do cigarro teme as indenizações milionárias, assim como o governo não dá conta dos atendimentos em seu sistema de saúde - que, diga-se de passagem, não dá conta nem de gripe.
Eu, como legislador, então iria instituir a lei a favor do fim do carnaval. Afinal, o carnaval promove uso indiscriminado de drogas, acidentes de trânsito, alto índice de transmissão de doenças como HIV, sem contar o fato de que várias crianças sem pais são geradas nessa época. Os males são muito maiores que os do cigarro. Afinal, quem fuma, fuma porque quer. Se morrer, meus pêsames. As altas taxas de impostos inclusas no preço do cigarro cobririam tranquilamente as despesas que o governo teria com saúde, sendo destinadas para o lugar certo. Pra resolver o problema de quem não fuma, é só traçar uma divisão no ambiente entre fumantes e não fumantes. Pronto, problema resolvido.
Pode parecer contraditório esse meu texto, já que, há algumas semanas, havia escrito outro criticando a indústria do tabaco. Mas, acima de tudo, sou a favor da liberdade. Hoje só se engana quem quer ser enganado. A informação está bem clara. E lembrem-se: a ditadura não se estabelecer de uma hora pra outra. Essas atitudes cerceiam a liberdade do cidadão. E ele nem percebe.
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sábado, 14 de fevereiro de 2009
Quem é o inimigo então?

Há quem diga que a democracia é a pior forma de governo excetuando-se todas as outras. Nem sei se as outras são melhores, mas a democracia com certeza é uma grande presepada. Afinal, é historicamente burro confiar decisões importantes nas mãos da maioria. Foi a maioria que mandou crucificarem Jesus Cristo, assim como, nas primeiras eleições diretas, em 1988, elegeu Fernando Collor, que, aliás, continua sendo eleito até hoje para outros cargos. Um viva à decisão popular.
Ao invés de guerras declaradas e teorias de ódio puro, temos agora inimigos invisíveis. O mundo foi tomado pelo terrorismo. É a maior prova da fragilidade do que se convenciona a chamar de poder. Não é possível se preparar, quando não se sabe de onde que vem o tiro. De nada adianta mais tanta ostentação. Nossos castelos são todos de areia.
Por mais que digam o contrário, acredito que o mundo está cada vez mais humanizado. Continuamos sendo oprimidos diariamente ao bombardeio de sensacionalismo e opiniões tendênciosas, jogadas pela mídia em nossos televisores e jornais. Mas nem de longe é comparável com a opressão declarada de tempos atrás. Hoje somos mais livres, e, por mais que possa ser contraditório, o homem assume sua natureza negando-se, talvez por inconformidade com o existencialismo. Fumamos demais, bebemos demais. Assumimos conscientemente o desejo de ficar inconscientes.
Isso me faz pensar que, em tempos de ditadura, que pareciam tão cruéis, na verdade tudo era mais fácil. Pelo menos os papéis estavam mais claros. Sabiamos quem era o inimigo, tinhamos aonde depositar nossas culpas. Hoje não sabemos. Não existe mais bem e mal. O bem e o mal são diferentes faces de uma mesma moeda. Continuamos tomando na cabeça todo dia, pelo inimigo mais covarde que já se teve notícia. Não por sua força, mas porque dele não se sabe nem o nome.
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