segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Meu nome não é Zina

Sempre achei o "Pânico na TV" o programa mais politicamente incorreto da TV brasileira. Não pelas brincadeiras de gosto duvidoso que fazem com o Bola, mas justamente pelo fato de que a piada são os ingênuos que, espontaneamente, emprestam seus bordões ao humorístico.

Pois bem, não foi diferente com Marcos da Silva Heredia, o Zina, que ficou nacionalmente conhecido pelo bordão: "Ronaldo, brilha muito no Corinthians". Zina rendeu tanto aos cofres do programa e da emissora que, além de ganhar uma casa, ganhou um contrato na rede.

Não diferente dos outros, o que chamou a atenção em Zina foi o fato de ser um cara absolutamente espontâneo. Louco no termo literal da palavra, o corinthiano conseguia colocar uma frase atrás da outra na boca do pessoal.

Apesar de previsível, muitos se chocaram com a notícia de que Zina é, na verdade, esquizofrênico e viciado em cocaína. Para quem não sabe, a tal Xurupita fica na região da Parada de Taipas, na Zona Norte de São Paulo. Um daqueles locais onde o governo não existe e quem faz a lei é o poder paralelo - aquele que vende drogas. Precisa contar o resto da história?

O Pânico ontem, em uma matéria que ficou na barreira entre a crítica social e o drama, defendeu Zina fazendo sua inocência se tornar escudo pras cagadas que ele faz. Agora, o programa assumiu a missão de dar um tratamento ao anti-herói corinthiano. Que claro, você acompanha todos os domingos, na Rede TV!

De comédia a drama, Zina é audiência garantida.

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