domingo, 9 de agosto de 2009

Levando fumo

Com o vigor da lei anti-fumo no estado de São Paulo, o assunto voltou a entrar em evidência na mídia e nas rodas de conversa. Fumar nunca esteve tão fora de moda, pois a população, no geral, aprovou a medida do governo. Até mesmo alguns fumantes concordaram em diminuir com o cigarro para, finalmente, parar de fumar.

Porém, há ainda aqueles que não concordam com a lei e tenho a honra de dizer que sou um deles. Como bom fumante (passivo), vejo as campanhas do governo como papo pra bobo. Eles dizem que a lei não está aí para cercear a liberdade dos fumantes, mas sim para promover um direito a melhor saúde da população. Oras, conta outra, sabemos dos males do cigarro há muito tempo. A indústria do cigarro teme as indenizações milionárias, assim como o governo não dá conta dos atendimentos em seu sistema de saúde - que, diga-se de passagem, não dá conta nem de gripe.

Eu, como legislador, então iria instituir a lei a favor do fim do carnaval. Afinal, o carnaval promove uso indiscriminado de drogas, acidentes de trânsito, alto índice de transmissão de doenças como HIV, sem contar o fato de que várias crianças sem pais são geradas nessa época. Os males são muito maiores que os do cigarro. Afinal, quem fuma, fuma porque quer. Se morrer, meus pêsames. As altas taxas de impostos inclusas no preço do cigarro cobririam tranquilamente as despesas que o governo teria com saúde, sendo destinadas para o lugar certo. Pra resolver o problema de quem não fuma, é só traçar uma divisão no ambiente entre fumantes e não fumantes. Pronto, problema resolvido.

Pode parecer contraditório esse meu texto, já que, há algumas semanas, havia escrito outro criticando a indústria do tabaco. Mas, acima de tudo, sou a favor da liberdade. Hoje só se engana quem quer ser enganado. A informação está bem clara. E lembrem-se: a ditadura não se estabelecer de uma hora pra outra. Essas atitudes cerceiam a liberdade do cidadão. E ele nem percebe.

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